Os ataques são a mais recente tentativa de Maputo para
derrotar a “insurgência” que vem ganhando terreno diariamente na província de
Cabo Delgado, no norte do país. Helicópteros leves atingiram uma base dos
jihadistas da Ahlu Sunnah wa Jamaa (ASWJ) na área de Mueda, na quarta-feira, e
atacaram duas bases em Mbau e Awassi, no distrito de Muidumbe, na quinta-feira,
segundo fontes militares.
Eles disseram que os ataques não incluem forças
terrestres, embora isso possa ocorrer mais tarde. As fontes não revelaram se os
ataques foram bem-sucedidos e se houve baixas infligidas aos “terroristas”, que
recentemente intensificaram seus ataques na província, tomando, por horas,
vilas, onde erguiam a bandeira do Estado Islâmico (IS), e conquistando a
população local com bens e dinheiro saqueados.
A identidade precisa dos mercenários que participaram dos
ataques desta semana não está completamente clara. No seu boletim na
quinta-feira, Joseph Hanlon, um comentarista geralmente confiável sobre
Moçambique, publicou uma fotografia que está sendo amplamente divulgada nas
redes sociais, de um dos helicópteros supostamente usados no ataque. Ele
mostra alguém operando aquilo que fontes militares disseram ser um canhão de 20
mm, montado na porta da aeronave.
Hanlon identificou a tripulação do caça “registado na
África do Sul” como membros da empresa militar privada russa Wagner, que teria
entrado em Moçambique em Novembro sob contrato com o governo moçambicano para
ajudá-lo a derrotar os “insurgentes”.
No entanto, duas fontes militares separadas disseram ao
“Daily Maverick” que a Wagner já havia saído de Moçambique em Março depois de
fracassar na sua missão e que o ataque aéreo de quarta-feira havia sido
conduzido pela empresa de segurança privada Dyck Advisory Group (DAG), sediada
na África do Sul e de propriedade do ex-coronel militar do Zimbábwe, Lionel
Dyck, que se acredita estar próximo do presidente do Zimbábwe, Emmerson
Mnangagwa.
As fontes militares disseram que os mercenários voaram na
quarta-feira em três helicópteros para Pemba, na costa norte de Cabo Delgado –
um helicóptero Gazelle, um Bell UH I “Huey” e um Bell 406 Long Ranger – e um
diamante DA42 de asa fixa. Eles se juntaram a outra Gazelle e a uma
transportadora de pessoal de asa fixa da Cessna Caravan, que havia chegado a
Pemba no fim de semana.
A intervenção dos novos operadores militares privados
segue a aparente retirada de Moçambique da empresa militar privada Wagner, que,
segundo fontes de segurança, havia se chegado a Moçambique em de 2019, mas
desistiu em Março após sofrer derrotas dos insurgentes.
Fonte: Intermz
Fonte: Intermz
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